Os Radiohead são provavelmente a banda mais presente em vários momentos muito diferentes destes últimos quinze anos.
Foi com eles que nascemos, em 2002, na altura da passagem pelos Coliseus de Lisboa e Porto. As nossas primeiras horas no éter foram exclusivamente recheadas de canções compostas por Yorke, Greenwood, Greenwood, Selway & O’Brien.
Lembram-se?
Desde então, todos os álbuns editados pelos 5 de Oxford foram um acontecimento na Radar.
Por devoção, curiosidade, teimosia, às vezes até por acaso, estreámos e conseguimos exclusivos com muita da música nova deles, ao longo destes anos. A razão desta cumplicidade com a banda inglesa pode ser explicada pelo modo como decidem ditar as suas próprias regras e deles esperamos nunca menos que a Verdade. Num meio em que assistimos a tantas cedências de tantos às leis dos outros, em que tantos vivem com medo das consequências dos seus actos, gostamos de ter nos Radiohead um exemplo de como existir em Liberdade.
Por tudo isto, seria estranho não aliar o nosso 15º aniversário ao 20º aniversário daquele que será porventura o nosso álbum preferido deles: OK Computer.
Então, decidimos tornar esta celebração mais interessante e baralhar um pouco a ordem normal das coisas, desafiando alguns músicos nacionais que respeitamos e que acompanhamos a olhar para o colosso de 1997 à maneira deles. Cada um escolheu uma canção entre as 12 no alinhamento e aqui está o resultado, assinado por: Batida, Benjamim, Duquesa, Filipe Sambado, Mirror People, Tomás Wallenstein, Primeira Dama & Coelho Radioactivo, Samuel Úria, Sequin, Tape Junk, Vaarwell e You Can’t Win, Charlie Brown. São nomes tão diferentes uns dos outros como as 12 canções de OK Computer.
Os testemunhos dos músicos que participaram nesta experiência:
Tape Junk /// Benjamim /// Vaarwell /// Mirror People /// Sequin /// You Can’t Win, Charlie Brown /// Filipe Sambado /// Batida /// Primeira Dama /// Samuel Úria /// Tomás Wallenstein