Já arrancou o MOTELX

Já arrancou o MOTELX

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Quarta-feira, 07 Setembro 2022
Destaques

As estreias dos novos filmes de Dario Argento, Michel Hazanavicius e Frederico Serra, o Quarto Perdido do MOTELX em livro inédito sobre o terror português, um programa dedicado ao produtor Paulo Branco e ainda “Os Crimes de Diogo Alves” com música de Bernardo Sassetti são algumas das novidades da 16.ª edição do Festival.

De 6 a 12 de Setembro, naquela que é a casa onde o Festival decorre desde a sua primeira edição, vai celebrar-se, finalmente, o terror sem restrições. Este ano, o MOTELX faz uma viagem geográfica e temporal pela melhor cinematografia de terror, com um grande destaque à produção nacional e no seu cruzamento com outras expressões artísticas, e alarga-se ainda a mais espaços da cidade, como o Teatro São Luiz, o Convento São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta.

Um dos destaques é a estreia nacional de “Final Cut” (França, EUA, Japão, 2022), do realizador francês Michel Hazanavicius (“The Artist”). Entre o terror e a comédia, trata-se de um remake de “One Cut of Dead” (Japão, 2017), protagonizado por Romain Duris e Bérénice Bejo, onde uma equipa em rodagem de um filme low budget sobre zombies é atacada por zombies reais.

Os banhos de sangue continuam durante o Festival, mas elevados a um nível de intensidade gore extra forte, no mais recente giallo do mestre do terror Dario Argento – “Dark Glasses” (Itália, França, 2022) -, que o reúne novamente com a filha Asia e que recupera as marcas autorais do seu legado. Em estreia nacional exclusiva no MOTELX, é o grande regresso do realizador de “Suspiria” às salas de cinema.

Nesta edição do MOTELX acontece ainda um dia especial FILMar – projecto operacionalizado pela Cinemateca Portuguesa e pelo fundo europeu EEA Grants, que visa restaurar e digitalizar cinema relacionado com o mar -, em torno da temática “Terror e Mar”, com retrospectivas e debates.

Quanto às secções competitivas, o recém baptizado Prémio SCML MOTELX – Melhor Curta Portuguesa – o maior prémio monetário para curtas-metragens em Portugal – continua a sua missão de estimular a emergente e cada vez mais presente cinematografia de terror nacional. E traz uma novidade de peso: a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa empresta o seu nome ao prémio, representando um sinal claro de que o apoio ao cinema português de terror não os assusta. A competição mais importante do Festival mostra 12 filmes a concurso, como “Cemitério Vermelho” (2022), de Francisco Lacerda, “Matrioska” (2021), de Joana Correia Pinto, “Quando a Terra Sangra” (2022), de João Morgado, e “Uma Piscina” (2021), de Carolina Aguiar.

O MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa decorre até ao próximo dia 12 de setembro.