O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, foi duramente criticado após ter sido fotografado em público com uma t-shirt dos Joy Division.
A 23 de outubro, Albanese foi visto a sair do seu avião com uma t-shirt de “Unknown Pleasures”, primeiro álbum do grupo britânico. Dias mais tarde, Sussan Ley, líder do Partido Conservador da Austrália, criticou o que disse ser “falta de bom senso”.
Ley referiu-se, mais concretamente, ao próprio nome da banda, retirado ao romance “House of Dolls”, do escritor polaco Ka-Tsetnik 135633. No livro, “Joy Division” é o nome dado a uma ala para escravas sexuais judias, num campo de concentração nazi.
A líder do Partido Conservador acusou, por isso, a banda de “antissemitismo” – acusação que o próprio grupo recebeu por diversas vezes ao longo da sua breve história.
Albanese não pediu desculpas pelo sucedido, e Pat Gorman, do Partido Trabalhista, defendeu-o citando a popularidade imensa da banda e da t-shirt em questão. “Ele é fã deles. A música já existe há décadas. Há demasiados problemas no mundo, t-shirts de bandas não são um deles”, rematou.
