Beatriz Costa

 

ÁLBUM DE FAMÍLIA Quarta 13:00 / Domingo 12:00 / Segunda 23:00

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Qual a canção mais apropriada para ouvir numa viagem pelo campo, observando a natureza que passa?
Esta é de caras, “Olsen Olsen”, preferencialmente seguida da “Svefn-g-englar” dos mesmos culpados, os brilhantes islandeses Sigur Rós. Eu sei que fiz batota e disse duas, mas tratando-se da mesma banda deixem lá passar…

Que canção de cariz electrónico poderia ser utilizada em vez dos preliminares numa relação sexual, aliviando assim o trabalho e a eventual chatice da mesma?
A música “Cavalo” do fantástico duo underground brasileiro de poesia eletrónica – Noporn. Um temaço que vejo a substituir facilmente o início dos preliminares. Mel em forma da voz da Liana Padilha para adoçicar o início da “troca”:
“Escorro, afogada em líquidos
Que saem do corpo do meu amigo
Perfumado
Derreto, Açucarada”

Qual a canção perfeita para sair à noite numa sexta-feira, perder a cabeça e acabar na prisão?
A galopante e frenética “Supernature” do icónico francês Cerrone tem obrigatoriamente que fazer parte da banda sonora de uma noite caótica de sexta feira marcada por erros ébrios.

Qual a canção que mais gostaria de ouvir no seu funeral?
“A Forest” dos The Cure. Imaginem lá, até na hora da partida ser rebelde no ritual fúnebre tradicionalmente realizado pela religião católica, tendo como pano de fundo o ambiente sonoro taciturno e gótico dos The Cure a desafiar talvez até alguns dos cânones do catolicismo.

Que canção intemporal consegue reproduzir por assobio neste preciso instante?
Provavelmente será uma escolha muito óbvia, mas a canção que me surge imediatamente na cabeça é “Twisted Nerve”, composta por Bernard Herrmann e que ficou imortalizada e para sempre gravada em mim por causa do emblemático clássico “Kill Bill”. Digo escolha óbvia, porque a música tem como único som um assobio imediatamente reconhecível com uma base instrumental épica.