O festival de cinema de Locarno, na Suíça, arranca hoje em moldes diferentes do habitual, por causa da pandemia da covid-19, com exibição online e uma programação a pensar no futuro, que vai contar com algumas coproduções portuguesas.
Esta seria a 73ª edição do festival, mas a organização chama-lhe o “ano zero”, reunindo filmes e espectadores “na grande praça digital” que é a Internet, com exibição paga e as receitas a reverterem para a rede de exibição suíça.
Em alternativa ao formato tradicional, o festival lançou a iniciativa “Locarno 2020, O Futuro dos Filmes”, para vinte projetos cinematográficos de “realizadores que foram forçados a parar de trabalhar por causa da pandemia”.
Para a edição deste ano de Locarno foi criado ainda o projeto “Padrinhos & Madrinhas”, no qual 14 realizadores vão apoiar novos talentos do cinema numa programação de conversas e debates. Entre eles estão João Pedro Rodrigues e a dupla luso-suíça Sérgio da Costa e Maya Kosa.
Locarno abre com “First Cow”, de Kelly Reichardt, e encerra a 15 de agosto com “La France contre les robots”, de Jean-Marie Straub, e com uma série de curtas suíças feitas em confinamento.