Antes dos álbuns do ano, publicações como a Pitchfork e lojas como a Rough Trade têm partilhado as suas listas de livros para 2024, ainda a tempo de poderem ser incluídas como prendas de Natal.
Algumas edições consensuais: “Rebel Girl: My Life as a Feminist Punk” é a autobiografia de Kathleen Hanna, com as memórias da cantora e compositora que foi figura da frente das Bikini Kill e Le Tigre. Também as histórias na primeira pessoa de Neneh Cherry (“A Thousand Threads”) e de Moon Unit Zappa, a filha mais velha de Frank Zappa (“Earth to Moon”) são presença em múltiplas listas.
E há outros destaques:
— “Taste in Music”, sobre os hábitos alimentares dos músicos em digressão: Chris Frantz dos Talking Heads, Robin Pecknold dos Fleet Foxes, Phoebe Bridgers, entre outros, numa compilação de textos coordenada por Luke Pyenson e Alex Bleeker, o baixista dos Real Estate;
— “Nobody’s Empire”, um romance entre a autobiografia e a ficção passada na Glasgow de Stuart Murdoch, o frontman dos Belle and Sebastian;
— “Under a Rock”, o testemunho da outra metade dos Blondie (e da relação com Debbie Harry), Chris Stein. O guitarrista, que também é fotógrafo, conta sobre os dias de glória da banda e a forma como o sucesso o levou a travar difíceis batalhas.
— “Hip-Hop is History”, num olhar pela história do hip-hop, guiado por Questlove, baterista dos Roots e um dos coleccionadores obcecados do género que já cumpre 50 anos.
— “Bitter Crop: The Heartache and Triumph of Billie Holiday’s Last Year”, assinado por Paul Alexander com um retrato do último ano de vida da figura icónica do jazz americano, mas com uma narrativa que se expande sobre a sua resistência a uma história traumática.
Finalmente, menção a dois livros de fotografia:
— “How to Disappear”, uma colecção sobre a intimidade dos Radiohead, com cerca de 20 anos de imagens tiradas pelo próprio Colin Greenwood com a sua Yashica T4 Super em palco, nos ensaios, nos bastidores e nos momentos mais distendidos da banda;
— e “Stills”, um livro de quase 300 fotografias dos The Cure, assinadas por Paul Cox e comentadas pelo próprio Robert Smith.