O dramaturgo norueguês Jon Fosse, Nobel da Literatura 2023 é o autor da mensagem do Dia Mundial do Teatro deste ano e considera a arte como sinónimo de paz, conseguindo combinar, na sua melhor expressão, o único com o universal.
A mensagem do Dia Mundial do Teatro, que se assinala esta quarta-feira, 27 de março, escrita por Jon Fosse é divulgada pelo Instituto Internacional do Teatro.
Ao combinar o que é único com o que é universal, a arte “atravessa as barreiras entre línguas, religiões e países”, sustenta o autor.
Para Fosse, a melhor expressão da arte, a “arte boa”, “congrega não apenas as qualidades individuais de cada pessoa mas também, noutro sentido, as características individuais de cada grupo de pessoas, por exemplo, de cada nação”.
O autor de “Uma brancura luminosa” lembra que cada pessoa é única e, em simultâneo, como qualquer outra. “Em todas as partes do mundo somos fundamentalmente semelhantes, independentemente da língua que falamos, da cor de pele e da cor de cabelo que temos”, enfatiza Jon Fosse, que foi membro da Igreja da Noruega até se converter ao catolicismo, em 2013.
Para o antigo professor, a evidência da semelhança conjuga-se com o óbvio de, no entanto, haver sempre algo que “pertence exclusivamente a cada indivíduo”, algo a que se pode chamar espírito, alma ou qualquer outra coisa que “não [se pode] rotular com palavras, de todo”.
“A guerra e a arte são opostas, tal como a guerra e a paz são opostas – é tão simples quanto isto. Arte é paz”, conclui.