O líder do grupo de rock Eagles, Don Henley, apresentou-se num tribunal de Nova Iorque como vítima de extorsão, num julgamento de três homens acusados de tentar vender cem páginas roubadas de notas manuscritas do álbum “Hotel California”.
As páginas rabiscadas, em cadernos grandes, foram “o produto do nosso trabalho”, “as maluquices que escrevemos” antes de chegar ao trabalho final como o sucesso global “Hotel Califórnia” (1976), declarou, no banco das testemunhas, o fundador, vocalista e baterista dos Eagles, atualmente a realizarem uma digressão mundial de despedida.
“Não foram feitos para serem vistos” e “ainda não vou mostrá-los hoje”, acrescentou o músico de 76 anos.
Os três homens, que se movimentam no mundo dos colecionadores, declararam-se inocentes e refutaram qualquer ação ilegal, afirmando que adquiriram legalmente as páginas em causa.
O caso remonta ao final da década de 1970, quando um autor, contratado pelo grupo de rock californiano para escrever a sua biografia, ficou encarregado das notas, que nunca mais devolveu.
Don Henley considera isso roubo, enquanto a defesa nega, ressalvando que o autor não está a ser acusado em julgamento.