Uma das novidades nas salas de cinema hoje é “No Táxi do Jack”, a mais recente longa-metragem de Susana Nobre, filme premiado com o mais importante galardão no Festival IndieLisboa 2021.
Antigo mecânico de aviões, Joaquim Calçada emigrou para os Estados Unidos anos antes da revolução de Abril, tendo sido sobretudo motorista de táxis e limusinas, e só voltou a Portugal vinte anos depois, para Alhandra (Vila Franca de Xira), à beira de se reformar.
Para não perder benefícios a caminho da reforma, inscreveu-se no centro Novas Oportunidades e foi aí que conheceu Susana Nobre.
Perante uma figura “um pouco excêntrica, americanizada”, cheia de histórias “muito, muito fabulosas” sobre a vida nos Estados Unidos, e com um espírito de aventura e empreendedorismo, Susana Nobre encontrou em ‘Jack’ matéria para um novo filme.
No filme, Susana Nobre segue Joaquim Calçada num périplo de empresa em empresa em busca de carimbos para certificar que está à procura de emprego nos meses que lhe faltam para a reforma.
O filme, rodado na primavera de 2019, pouco ou nada tem de Nova Iorque, exceto um plano em movimento, que atravessa a esquadria de prédios e alcatrão da cidade, e que cita uma curta-metragem do documentarista francês Raymond Depardon.