O contrabaixista era uma das metades dos Dead Combo e faleceu este Sábado, aos 51 anos, vítima de doença prolongada que já tinha forçado o cancelamento dos concertos de despedida da banda.
Os Dead Combo, que formou com Tó Trips em 2003, tornaram-se um dos projectos incontornáveis da música portuguesa. “Vol. 1” foi a estreia de uma dupla que o mundo viria a conhecer em vários momentos cruciais — um deles: a presença num episódio da série de Anthony Bourdain, numa conversa e na banda sonora, como exemplo perfeito da música que, em Portugal, cruzava o fado, os blues e o rock com as influências de África e da América Latina.
A banda anunciou o seu fim em 2019, embarcando numa digressão final que viria a ser interrompida pela pandemia e pelas complicações de saúde de Pedro Gonçalves.
O músico formou-se no Hot Clube Portugal e foi também produtor, ao lado de Aldina Duarte ou Mazgani. Com a sua morte, “perdemos música e humanidade”, escreveu Joaquim Albergaria. A Ministra da Cultura lamentou “profundamente” o desaparecimento do músico “polifacetado e versátil”, de “atitude generosa”. E “generoso” foi também a palavra escolhida por Sérgio Godinho, que com ele colaborou. “Fará falta a muita gente”, escreveu, numa mensagem escrita nas suas redes.